História da Fundação Cupertino Miranda

Fundação Cupertino de Miranda, fundação privada de interesse geral, com sede em Vila Nova de Famalicão, foi instituída por iniciativa de Arthur Cupertino de Miranda (1892-1988) e sua esposa, D. Elzira Celeste Maya de Sá Cupertino de Miranda, (1892-1978) que à mesma afectaram bens pessoais e a constituíram por estatutos de 15 de Agosto de 1963, aprovados pela entidade tutelar a 2 de Outubro de 1963. O casal doou uma parte dos seus bens pessoais, onde se incluía um conjunto de acções representativas de 5% do capital social do Banco Português do Atlântico, perspectivando a criação de uma Instituição de fomento cultural e de apoio a situações de carência económica. Reconhecida como pessoa colectiva de utilidade pública, prossegue objectivos principais de natureza cultural e, acessoriamente, social. A ideia que presidiu à criação da Fundação e os objectivos que estatutariamente tem em vista estão consubstanciados nas primeiras palavras de um autógrafo do Fundador, reproduzido num painel de azulejos: “Templo de Arte, de Cultura e de Bondade, seja, na minha terra Natal: Louvor ao Trabalho, Honra ao Saber, Hino ao Amor, Testemunho do devotamento a este Povo. Arthur Cupertino de Miranda, 1970.” 

Foi dotada de um Museu, de uma Biblioteca e de um Auditório, de forma a desenvolver actividades de promoção e divulgação de iniciativas culturais nas diferentes áreas de expressão.
Foi inaugurada a 8 de Dezembro de 1972. O programa festivo reuniu um número significativo de entidades oficiais e convidados, entre os quais o então Presidente da República Almirante Américo Thomaz; iniciou-se no Louro, inaugurando a Igreja, o Centro Pastoral, a residência paroquial, o edifício da Junta de Freguesia, a Casa do Povo e o Mercado. Seguiu-se um cortejo automóvel até à Fundação. No Museu inaugurou-se a I Bienal de Artistas Novos e estavam expostos alguns dos quadros da colecção de Arthur Cupertino de Miranda. Na Biblioteca, inaugurou-se igualmente uma exposição. Realizou-se, em seguida, a sessão solene no Auditório.
Aquando da Revolução do 25 de Abril de 1974, a Fundação Cupertino de Miranda foi afectada pelas nacionalizações atingindo o seu património financeiro.
A actividade da Fundação, na sua vertente cultural, tem-se evidenciado, no plano educativo e cultural, através do apoio que a sua valiosa Biblioteca presta à comunidade bem como numa programação sistemática no sector das Artes Plásticas. Neste âmbito podem ser apreciadas no seu Museu, obras do acervo da Fundação e ainda outras exposições temporárias. No campo assistencial, dá apoio a diversos Organismos e Instituições como ao Projecto Homem, em Braga, programa terapêutico de reabilitação e reinserção social de toxicodependentes. Dá também apoio à família e a cidadãos carenciados. 
A sua gestão financeira e patrimonial, bem como o planeamento das suas actividades, é assegurada por um Conselho de Administração, um Conselho Executivo e um Conselho Fiscal.
A 30 de Junho de 1997, a Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão atribuiu a Medalha de Honra do Município à Fundação Cupertino de Miranda.