Temporárias

Delfim Manuel: 25 anos de ligação ao barro 

Delfim Manuel, nome dos maiores no mundo diverso, plural e riquíssimo do artesanato português. A obra de Delfim Manuel nasce do barro como matéria primordial, e daí o título da exposição – 25 anos de ligação ao barro – e nela, em palavras de Perfecto E. Cuadrado retiradas do Catálogo da exposição, "descobrimos os rostos individuais do dia-a-dia marcados, na sua tragédia, alegria, solidão ou desespero por uma gestualidade dir-se-ia que de raíz expressionista, ou figuras que recolhem os perfis formais da tradição mais antiga (o traço e o volume românicos dum guerreiro medieval, por exemplo) ou apontam para a representação característica dos bonecos publicitários ou cinematográficos actuais (veja-se o cozinheiro), ou, enfim, o movimento das cenas populares de taberna ou romaria, com a sua sinfonia humana de músicos e cantores e até, por vezes, com a quadra incluída juntando assim também o plástico e o literário no território comum da realidade inventada desde (e muitas vezes contra) a realidade real. Através das personagens e das "estórias" de Delfim Manuel reconhecemo-nos e desconhecemo-nos na tradição do passado e do presente que elas reconstroem: uma aparente contradição – reconhecer(-se)/desconhecer(-se) – que só na arte e pela arte pode ser (de maneira satisfatória) resolvida".

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  • Data 18 de setembro a 30 de outubro de 2004