Temporárias

Espaço ampliado nas manchas

Comissários Perfecto E. Cuadrado e António Gonçalves.

O Centro de Estudos do Surrealismo da Fundação Cupertino de Miranda inaugura no dia 17 do corrente mês pelas 17h00 a exposição “espaço ampliado nas manchas", no seu edifício sede. Esta exposição estará disponível até ao dia 23 de maio de 2015.

A mancha lança-nos desafios de percepção, sendo uma das bases primárias da linguagem plástica. Aparece como um corpus sem sentido ao qual se intui uma existência, uma razão. Passamos a estar perante uma presença feita de secreto propósito. Ao longo dos tempos a mancha foi uma das premissas da criação plástica, ora como base técnica que dava corpo a expressão e realização desta. Uma aparição com bases no acaso, acaba possuidora de resposta a hipóteses e intenções da liberdade criativa, assim como, da capacidade de abertura dos campos mais amplos da imaginação.
Muitos foram os que as usaram, de forma mais consciente ou inconsciente, apoderando-se destas da maneira mais diversificada, respondendo aos estímulos sensoriais e abrindo a percepção a amplos universos criativos.
Esta exposição mostra como a mancha adquire variadíssimas disposições, como se presta a hipóteses diversas e como os autores aqui representados as usaram em distintas soluções. Podemos presenciar soluções que nos levam a um maior entendimento das mesmas e nos ajudam a uma ampla abordagem da sua existência no processo criativo. Manchas que nascem do acaso e se transformam em figuras, manchas que se agarram por linhas e asseguram corpos ou, que por si só, são acontecimentos e matéria criativa.
Há que atender ao mais simples do gesto para nele se encontrar a amplitude da magnificência da imaginação e do acto de fruição criativa.

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  • Data 17 de janeiro a 23 de maio de 2015