Exposição detalhe

A Fundação Cupertino de Miranda e o Museu Municipal Amadeo de Souza-Cardoso (MMASC) inauguram dia 23 de março a exposição “Mário Cesariny: a poesia sem versos”, com curadoria de Marlene Oliveira e Perfecto E. Cuadrado.

No ano do Centenário de Nascimento de Mário Cesariny , Amarante, terra de Teixeira de Pascoaes, acolhe-o nesta exposição no Museu Amadeo de Souza-Cardoso. A obra dedicada de Mário Cesariny a Pascoaes onde escreve o verso “a luz é cada vez mais clara e a treva cada vez mais negra”, uma alusão do surrealista à “poesia sem versos” do autor amarantino, serve de imagem desta exposição. Cesariny referiu que “Pascoaes, é o meu maior” (Verso de Autografia, 2004), dada a admiração que desde sempre nutriu por este vulto da cultura nacional, que também o inspirou nas suas criações.

Nesta mostra o visitante deixa de ser mero observador para se envolver no universo da escrita, das obras e das vivências de Cesariny.

A relação de proximidade que a Fundação Cupertino de Miranda e Mário Cesariny tiveram nos seus últimos anos de vida, permitiu à instituição a aquisição, por compra, por doação e, aquando da sua morte, por legado, de uma grande parte do seu Acervo artístico e documental.

Nesta exposição procura-se dar uma visão global deste seu acervo, na sua multiplicidade de materiais, cores e técnicas. Pode ainda observar-se o artista retratado por Duarte Belo e por Eduardo Tomé, entrando na intimidade da sua casa e do seu atelier.

Mário Cesariny nasceu em Lisboa, a 9 de agosto de 1923, partindo num navio de espelhos a 26 de novembro de 2006.