Livros

O Catálogo “O Surrealismo na colecção da Fundação Cupertino de Miranda” foi publicado por ocasião da exposição que decorreu entre os dias 25 de fevereiro e 26 de agosto de 2007 e que esteve patente no museu da Fundação Cupertino de Miranda.
Ao longo do catálogo podem-se encontrar um total de 152 obras de alguns dos mais importantes nomes do Surrealismo Português e Internacional, nomeadamente de Alexandre O’Neill (1924-1986), Alfredo Margarido (1928-2010), Ana Hatherly (1929-2015), Anne Éthuin (1921-2009), António Areal (1934-1978), António Dacosta (1914-1990), António Maria Lisboa (1928-1953), António Pedro (1909-1966), António Quadros/Grabatos Dias (1933-1994), Bellmer (1902-1975), Cândido Costa Pinto (1911-1976), Carlos Calvet (1928-2014), Carlos Eurico da Costa (1928-1998), Mário Cesariny (1923-2006), Cruzeiro Seixas (1920-2020), Eugenio Granell (1912-2001), Eurico Gonçalves (1932) – Fernando Alves do Santos (1928-1993), Fernando José Francisco (1922-2008), Fernando Lemos (1926-2019), Gonçalo Duarte (1935-1986), Isabel Meyrelles (1929), Édouard Jaguer (1924-2006), João  Moniz Pereira (1920-1989), João Rodrigues (1937-1967), Jorge Vieira (1922-1998), José Escada (1934-1980), Júlio dos Reis Pereira/Julio/Saúl Dias (1902-1983), Manuel D’Assumpção (1926-1969), Manuel Patinha (1949), Marcelino Vespeira (1925-2002), Mário Botas (1952-1983), Mário Henrique Leiria (1923-1980), Max Ernst (1891-1976), Paula Rego (1935), Pedro Oom (1926-1974), Philip West (1949-1997),  Raúl Perez (1944), Henrique Risques Pereira (1930-2003) e Victor Brauner (1903-1966).
São evidenciadas algumas obras que pertencem aos núcleos de Cruzeiro Seixas, Eurico Gonçalves e Mário Cesariny. De Cruzeiro Seixas destaca-se um conjunto de colagens que mostram um carácter mais experimentalista do autor, para além das pinturas do período de África onde a cor é uma predominante de força lumínica e expressividade. Relativamente a Eurico Gonçalves mostram-se as principais pinturas com que iniciou a sua actividade plástica. Uma fase com uma forte predominância da figura, com fortes conexões simbólicas. No caso de Mário Cesariny apresentam-se obras que permitem uma incursão ao universo mais informalista e revelador de uma liberdade plástica.
Percorrer este catálogo é fazer uma incursão no universo Surrealista onde o espaço de representação não é mera representação do real.