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«Nota de abertura

Inicia-se com este primeiro número, uma nova publicação. Que se destina, antes de mais, à divulgação e preservação do movimento – artístico, literário, estético – do Surrealismo em Portugal.
Através dela podemos completar quanto possível, monograficamente ou não o conhecimento relativo a este movimento tão essencial para a cultura portuguesa do século XX e, no entanto, ainda tão pouco estudado, abrindo algumas escassas e justas excepções.
Faz-se pois este primeiro número com uma recolha de poemas de Artur Cruzeiro Seixas, vulto maior do surrealismo português, cuja obra poética mereceu a sua primeira divulgação quando da edição do volume Eu falo em chamas (ed. Galeria Gilde, Guimarães, 1986). O que vem complementar a exposição antológica que a Fundação Cupertino de Miranda lhe organizou.
Começo que não podia ser mais auspicioso porquanto o Centro de Estudos do Surrealismo – de que esta publicação pretende, doravante, fazer eco ao nível das realizações como da investigação e da divulgação -, em muito lhe deve a sua existência, pela magnitude da generosa doação de obras que o artista e o poeta fez ao referido Centro.

O Conselho editorial
Dezembro 2000»