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Nascido nos Estados Unidos, Alexander Calder (1898-1976) é uma das figuras mais importantes da escultura do século XX. Descendente de uma linha de escultores, recebeu uma dupla formação como engenheiro e artista, o que estimulou a sua extraordinária inventividade. Dedicou-se muito cedo à criação de objetos lúdicos - brinquedos e pequenos animais - que testemunham a sua engenhosidade. A sua verdadeira carreira como escultor começou quando chegou a Paris em 1926. Em poucos anos, reinventou a escultura, movendo-a para o dinamismo e a abstração. Entre 1926 e 1931, construiu um conjunto totalmente original, um circo em miniatura, composto por centenas de figuras feitas de materiais recuperados e animadas por mecanismos rudimentares, que encenou durante atuações musicais que reuniam todas as vanguardas parisienses. As suas figuras de arame, cheias de humor e fantasia, que representam artistas ou estrelas do espetáculo, como Josphine Baker, transformam a escultura em desenho no espaço. A sua criação está inteiramente focada na busca do movimento. Inventou as esculturas cinematográficas, cujas linhas metálicas já não são fatores figurativos, mas sim direções rítmicas, e os primeiros Mobiles, que são construções animadas por manivelas ou motores. Os Móveis suspensos, com as suas formas verticais, que se movem e respiram no espaço, são o culminar de um trabalho cósmico e festivo. O catálogo que acompanha a exposição mostra a riqueza e variedade das suas esculturas, bem como obras menos conhecidas, tais como as suas caricaturas e desenhos de imprensa, brinquedos e jóias, bem como conjuntos independentes de fotografias e filmes que alargam o nosso conhecimento de uma arte lúdica e tecnológica, exuberante e poética.

[Fonte: Centre Pompidou]