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Este livro apresenta uma alternativa positiva à crise de realismo compreendida pelo cinema. Os “novos” meios de comunicação fizeram com que o cinema “teatral” pareça antigo, esta ascensão dos media digitais acompanha a sensação de “cinema perdido”, e percebe-se que o paradigma está em mutação e põe em causa a capacidade do cinema de gravar o real. A esta perspetiva se contrapõe o surrealismo, pois neste movimento o cinema nunca foi tratado como um meio realista, porque compreendeu que as nossas perceções do real eram uma miragem, e, por isso, voltaram-se para a interpretação estética e a função do filme, algo pode ser averiguado a partir das obras de Luis Buñuel, Salvador Dalí, Man Ray, André Breton, entre outros. Este estudo propõe, ainda, o enriquecimento do significado de espectador cinematográfico no século XXI.  

[Adaptado]