Livros

Sue Roe apresenta como os surrealistas encontraram formas mais inovadores de questionar e definir a arte. Tendo por base o bairro que intitula o livro e os salões e cafés deste, onde os artistas se encontravam, a narrativa centra-se entre os anos que precedem a Primeira Guerra Mundial e 1936.
Mostra-se a acensão do movimento Dada a partir de Duchamp, a fotografia surrealista pelos olhos de Man Ray, e a criação de obras-chave por Max Ernst, Jean Cocteau ou Salvador Dalí. Estes artistas ousam justapor objetos nunca antes utilizados, através das suas telas e ready-mades com o objetivo de fazer com que os espectadores se maravilhem com o quotidiano, tendo por base a ideia de subconsciente como estímulo para a criação.
Sue Roe coloca Gertrude Stein na abertura de O Rito da Primavera; Duchamp a instalar o seu famoso urinol; Cocteau num teatro com Picasso e Coco Chanel; Breton numa sessão com Freud; e Man Ray no seu romance com Kiki de Montparnasse.
Com esta obra pretende demonstrar-se como a história da arte e a forma como todos nós vemos o mundo mudaram a partir do distinto olhar dos surrealistas.

[Adaptado]