Engenheiro do tempo perdido: entrevistas com Pierre Cabanne
Através dos seus actos de criador, Marcel Duchamp não pretendia impor uma nova linguagem revolucionária, mas propor uma atitude de espírito; é por isso que as suas entrevistas constituem uma notável lição de ética. Este filho de um notário da Normandia, irmão de Jacques Villon, o pintor, e de Raymond Duchamp-Villon, o escultor, tão profundamente "francês", terá sido, com efeito, um dos espíritos mais surpreendentes destes tempos em que a arte, neste meio século, conheceu mais artistas plásticos do que éticos. Quando o continente americano despertava para a nova pintura, ele próprio despertava para a liberdade. Todas as suas realizações, na sua cronologia, traduzem a libertação progressiva de um homem em relação à sua família, ao seu meio, à sua época, à realidade, às normas e meios tradicionais da arte do seu tempo. Porquê? Duchamp respondeu com humor: «Desde que os generais já não morrem a cavalo, os pintores já não são obrigados a morrer nos seus cavaletes.
Fonte: Assírio & Alvim
- Local Biblioteca da Fundação Cupertino de Miranda
Notas
Informação do Catálogo:
Duchamp, Marcel, 1887-1968 |
Engenheiro do tempo perdido: entrevistas com Pierre Cabanne / Marcel Duchamp; trad. e posf. António Rodrigues. - 2.ª Ed. - Lisboa: Assírio & Alvim, 2002. - 235, [5] p.: il.; 21 cm. - ISBN 972-37-0257-6. |
Duchamp, Marcel, 1887-1968 / Cabanne, Pierre, 1921-2007 / Surrealismo / Entrevistas / Rodrigues, António |
2-P-24 |