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A presente exposição organizada para comemorar a 31º edição da Feira do Livro de Braga apresenta um conjunto de artistas que têm nas suas obras literatura, autores ou a própria poesia.

Há várias formas de dizermos poesia, onde a poesia visual diz mais que muitas palavras.

A imagem transporta-nos para as palavras, quando a própria palavra parece ser imperfeita para nos expressarmos.

Ana Hatherly, Mário Cesariny, Cruzeiro Seixas, António Maria Lisboa, Teixeira de Pascoaes, Alfredo Margarido, Fernando Aguiar, António Dacosta, Eugénio de Andrade, Artur Bual, Julio e Eurico Gonçalves através das suas obras levam-nos para outros nomes como Fernando Pessoa, Camilo Castelo Branco, Alexandre O’Neill, Josefa de Óbidos, António Areal ou até mesmo António Aragão. Assim, uma obra de arte, tal como mencionava Paul Valéry (1957), “deveria-nos ensinar que não havíamos visto o que vemos”, tal como a intenção do artista poder ser múltipla. Procurar encontrar estados de consciência na escrita plástica e várias formas de expressar e de manifestar as intenções, numa profunda revolução estética e poética, são uma constante nestas obras. Andamos, assim, à deriva nas obras de carácter mais gestualista de Bual, que nos conduz para o automatismo dos surrealistas, com um retrato imaginário de Mário Cesariny.

Esta exposição permite dar a conhecer algumas obras da Coleção da Fundação Cupertino de Miranda, onde a literatura e a poesia são uma referência.

Curadores

Marlene Oliveira e Perfecto Cuadrado