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A Representante Permanente de Portugal junto da UNESCO, Rosa Batoréu, o Presidente da Fundação Cupertino de Miranda, Pedro Álvares Ribeiro, e os curadores Marlene Oliveira e Perfecto E. Cuadrado, têm a honra de convidar V. Exa. para a inauguração da exposição “Cruzeiro Seixas – teima em ser poesia” que terá lugar no dia 5 de maio de 2022, às 16h00, na Sala Miró da sede da UNESCO, em Paris. A exposição estará patente ao público até dia 14 de maio.

Sinopse:

Artur Manuel do Cruzeiro Seixas, nascido a 3 de dezembro de 1920, foi um dos principais representantes do Surrealismo em Portugal.

Nos inícios dos anos 20 (séc. XX) surge um novo movimento literário e artístico em Paris – o Surrealismo. Em Portugal manifesta-se na década de 40. Cruzeiro Seixas, aderiu ao Surrealismo ao lado de Mário Cesariny, Pedro Oom, António Maria Lisboa, Mário-Henrique Leiria, entre outros, desafiando a capital (Lisboa) em 1947 para a primeira exposição d’Os Surrealistas. Desenha a sua obra a partir do sonho e da imaginação, sem qualquer imposição estética ou mesmo moral. Dedica parte dos seus trabalhos a outros grandes nomes da literatura e das artes, como Mário de Sá-Carneiro, Fernando Pessoa, Luís Vaz de Camões, Teixeira de Pascoaes, entre outros.

Apaixona-se pela história de Mariana Alcoforado, autora de 6 cartas de amor dirigidas ao Marquês Noël Bouton de Chamilly, Conde de Saint-Léger e oficial francês. Cruzeiro Seixas criou a obra “Instantâneo de Soror Mariana ao Luar”, idealizando que Portugal deveria ter um museu dedicado ao Amor.

Sofreu influências externas de grandes personagens como Arthur Rimbaud, André Breton, Antonin Artaud ou mesmo Paul Verlaine. Para este grande mestre “a poesia é a coisa mais importante que aconteceu ao homem, dando-lhe a liberdade verdadeira”, sendo “uma das mais belas janelas que se abriu ao homem, uma das linguagens mais avançadas que o homem encontrou, com algumas emendas a fazer.”

Em 2020 celebramos o seu centenário, no mesmo ano que comemoramos pela primeira vez o dia Mundial da Língua Portuguesa – 5 de maio -, cumprindo com esta exposição um dos sonhos deste vulto da cultura Portuguesa, falecido a poucos dias de completar 100 anos.

O surrealismo apaixona…a língua apaixona…